All Stars pretos nos pés, panque no Mp3 e Ray-Ban na cara para pregar a boa nova aos perdidos. "Sola Scripta, Sola Fide et Sola Gratia"

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

A praxe é liiiiinda!!!!!

Caros Leitores, encostem-se nas vossas cadeiras, vão buscar os vossos sumos e aperitivos que este post vai ser longo. Mas acho que vocês vão gostar.

Primeiro dia de aulas. Levantar às 8 para estar na escola às 9. À chegada, muito nervoso miudinho e um papel à porta da escola a dizer que as praxes tinham sido canceladas. "Menos mal" pensei para os meus botões. Mal eu sabia o como estava enganado. Às 9 e pouco fomos conduzidos para uma sala de aulas onde nos foi apresentado o curso pelo director (que já agora se chamava professor Pascoalinho...) e os principais objectivos do mesmo. Fomos, de seguida, interpelados por outro professor que perguntou a todos os nomes, idades... (que ainda demorou algum tempo pois éramos à volta de 50). Este ainda teve uma das frases mais profundas do dia em que disse, e passo a citar "Nós aqui vamos todos trabalhar com o corpo uns dos outros...". Profundo.

Depois a nossa primeira aula (ou assim pensávamos nós). O nosso professor de IEP vai para a frente com uma maca e pede a um aluno de 2º ano para exemplificar como se faz um diagnóstico. Depois ao passar uns slides, descobrimos que IEP na realidade significa "Introdução ao Estudante Praxado. Aí, entraram todos os veteranos que nos mandaram olhar para o chão e nunca para as suas caras (algo que se manteve durante o resto da praxe). Nessa altura começaram as pinturas faciais aleatórias (que me permitiram ficar com a cara completamente vermelha). Mandaram-nos sair daquela sala até um ginásio, tendo sempre de rastejar por baixo das pernas dos veteranos enquanto eles despejavam vinagre e água sobre nós.

Chegados ao ginásio fomos agrupados em grupos de quatro, em que tivemos de apresentar uma música ou dança aos veteranos. O meu grupo consegui arrebatar grandes elogios por parte dos praxantes pela minha dança cossaca, que me valeu a alcunha de russo. Em seguida, tivemos de ir a leilão. Como nos ensinaram, o estudante é uma besta. Então este subia a um palanque e gritava "Eu sou a besta Coiso, tenho (a nossa idade) dentinhos, venho do curral do (a nossa terra) e sou/não sou acasalado (consoante tivesse-mos namorada/o).

Daí, fomos levados para os jardins da escola, onde pudemos conhecer os caloiros dos outros cursos e onde nos foram ensinadas algumas músicas do curso (normalmente a dizer "nós somos os maiores", ou "o vosso curso não presta). Aconteceram várias disputas entre os caloiros para ver quais cantavam mais alto (Fisio ganhou, claro).

Depois almoço. Uma lasanha comida com as mãos (como me foi dito, é como as bestas deviam comer). Daí mais actividades jogos e pinturas diversos, que não estarei agora a explanar todos porque senão nem eu nem os leitores saiamos daqui hoje. Posso-vos somente dizer que fui nomeado o extintor, deram-me um capacete e uma pistola de água e tinha de "apagar os fogos" de algumas colegas caloiras que os veteranos apontavam. Tivemos ainda três colegas (que representavam as meninas da Netcabo) que tinham de correr por entre toda a gente a gritar "Tou a arder!!!" e de quem eu andava atrás com a pistola de água a gritar também "Deixa que eu apago!!!". De salientar também que por essa altura já tinha conquistado o coração de algumas veteranas de Fisio e de T. Ocupacional com o meu charme, a minha educação e os meus olhos azuis (Bons genes...).

Nisto durou grande parte da tarde. Lá se lembraram os Veteranos de nos levar ao Auditório do Hospital de Reabilitação a subir uma boa centena de metros, de cócoras, com uma mão entre as pernas que o caloiro de trás agarrava e a outra mão agarrando o caloiro da frente. Esta posição permitiu-me ficar com uma ligeira dor de costas, que ainda sinto enquanto vos escrevo. No auditório enquanto esperávamos, fui eleito o caloiro mais triste, pela minha muito original dança ao som de "Tenho uma lágrima no canto do olho...".

Por fim, a tuna. Fiquei fascinado. Para além de cantarem muito bem, tinham três raparigas que faziam malabarismo com pandeiretas e um jovem que fazia com bandeiras (chegando a atirá-las ao ar, apanhando-as de seguida). Fiquei com vontade de entrar nesta tuna.

Lá por volta das 18 fomos dispensados. Cheguei a casa pintado, dorido e com uma placa que me foi dada na altura do leilão dizendo "Semitendinoso" (que para quem não sabe é um músculo situado na parte interna da coxa, muito em contexto com o curso).

E foi assim o primeiro dia de praxe. Amanhã mais novidades e histórias. A praxe é grande!!!

"FISIOTERAPIA, UH, AH!
NÓS SOMOS FISIOTERAPIA, UH, AH!
FISIOTERAPIA, NÓS SOMOS FISIOTERAPIA"

(Grande hino do curso, com o qual nós abafávamos os outros!!!)

2 comentários:

Filipe Monteiro disse...

Ena... Muito violenta essa praxe... Eles atearam mesmo fogo às pessoas? XD.
Ainda não sei muito bem se aguentas mais disso e também acho estranho tu dizers: "A praxe é liiiiinda!!!!!"

Fica bem

Anónimo disse...

Uau, não pensei k ficasses tão apaixonado pla praxe! Agora ja tenho kem me compreenda...
Bom, há certas coisas k vos mandaram fazer k a mim me deixam um bkd revoltada, pk n é bem assim k nos tratam na minha praxe, como p. exp. vcx terem comido com as mãos (tipo, kd nós almoçamos os drs. até estão c a capa destraçada - o k significa k n estão propriament a praxar-nos - e podemos olhar p eles), terem sido regados com água e vinagre (a mim só me puseram umas gotitas d pasta dos dentes na t-shirt do caloiro) e terem sido obrigados a subir um lance d escadas d cócoras (k deve ter sido duro...). Mas pronto...
S tiver tempo vou postar no blog dos dinos sobre a minha praxe e os últimos eventos (nomeadament no jantar do caloiro, ond comecei a xorar... mas tens k ler).

E viva a vida académica!!

Mts kissx***